Escola de Formação e Criação do Ceará

tom

Tom Lima: artista entre áreas

10590658_276278045902051_1608653179213152754_n
Tom Lima

Tom Lima Filho é ex-funcionário público, largou o emprego pra se dedicar aos estudos relacionados à arte. Estudante do curso de Edição de Vídeo do Porto Iracema, Tom conta que na Escola teve seu primeiro contato com o audiovisual. “Eu me surpreendi. Eu vim só pra ter uma leitura de audiovisual e acabei gostando bem mais do achei que gostaria, e estou pensando em realmente trabalhar na área”.

Tendo apenas uma leitura como telespectador, Tom decidiu que precisava entrar em contato com o audiovisual a partir das experiências que teve no Coletivo artístico “O Sonho do Ventríloquo”, fundado por ele e mais duas amigas. O grupo é marcado pela sua multilinguagem: “eu na Literatura; a Angélica nas Artes Visuais; e a Natália no cinema e na fotografia. Decidimos que o grupo teria essa característica de ser múltiplo mesmo, multimodal”.

Foi a partir do “O Sonho do Ventríloquo”, e de suas companheiras no grupo, que Tom conheceu a Escola. “Nós ficamos empolgados, por a gente justamente trabalhar com diversas linguagens e aqui [no Porto] oferecer cursos em várias áreas”, conta o estudante.

O artista também destaca a importância do Porto na sua formação artística. “A Escola é muito importante nas questão dos olhares. Conhecer e reconhecer olhares alheios. A questão de ter um professor é muito importante e os professores do Porto Iracema são muito bons”.

Entre suas produções artísticas no coletivo, estão o documentário-poético “O que tem na Caixa”, baseado na obra do artista visual cearense Leonilson, contemplado com o edital da Petrobrás de Cinema. O grupo também trabalha na produção de um livro-imagem, escrito por Tom e ilustrado por Angélica Emília.

Tom se considera um artista entre áreas, passeando pela Literatura (a sua área de maior afinco) e pelo Audiovisual. Para melhorar os seus conhecimentos, Tom ainda estuda Cinema e Vídeo, na Casa Amarela (UFC) e, recentemente, começou o curso de Fotografia, na Travessa da Imagem. Mesmo com tantas oportunidades de estudo, o artista considera difícil sobreviver apenas de arte no Ceará.

“Essa nova geração está encontrando meios [de sobreviver com arte]. A questão da auto-publicação, no caso da literatura; ou do financiamento coletivo das artes, que está crescendo muito. Eu acho que a gente tá construindo meios de colaboração entre os artistas que são importantes”, declara o também escritor.