Escola de Formação e Criação do Ceará

6 fev

As simbologias do fogo – Arte Contemporânea – O Povo- Vida e Arte- 06 /02/2017

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O artista Diego dos Santos (32), formado em  Artes Plásticas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE) e participante do Laboratório de Criação em Artes Visuais da escola Porto Iracema das Artes em 2013, está de malas prontas para Brasília. Ele teve seu projeto ‘Poema 193’ selecionado para ser exposto na Galeria Fayga Ostrower (Brasília-DF), entre 16 de fevereiro a 2 de abril,  depois de ter atingido pontuação máxima no Prêmio Funarte de Arte Contemporânea. O artista obteve duas notas máximas  na disputa, garantindo o seu segundo lugar. Esse trabalho que ele irá apresentar em Brasília recebeu o nome de Poema 193, que trabalha com o uso do fogo e da fuligem no papel, reunindo 25 desenhos emoldurados e dois vídeos com toda a filmagem do processo criativo de Diego.

 

Em 2013, Diego passou pelo Porto Iracema, participando do Laboratório de Artes Visuais, tendo como tutor o curador e crítico de arte Marcelo Campos, no qual desenvolveu o projeto ‘Lar é onde ele está’, que surgiu através de observações diárias de caminhoneiros e famílias que instalam pequenas moradias em suas carretas ao chegarem ao depósito do Pão de Açúcar, em Caucaia, para fazer entrega de produtos. Ao abrirem a caixa de cozinha na parte lateral da carroceria do transporte, um pequeno lar se apresenta. Adaptados àquelas condições nômades, com utensílios de cozinha, cereais, fogão de duas bocas, torneira com água, fotografias de outros parentes, espelhos, rádios, entre outros, eles acabam por abrir as portas de suas casas que rapidamente se integram à paisagem que os recebe. O projeto se desenvolveu por meio de um processo de imersão no cotidiano dos caminhoneiros e suas famílias, investigando poeticamente seus aspectos pessoais e sociais.

Tutor do projeto:

Marcelo Campos é curador e crítico de arte. Professor adjunto do Departamento de Teoria e História da Arte, do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Doutor em Artes Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (Escola de Belas Artes/UFRJ). Desenvolveu tese de doutorado sobre o conceito de brasilidade na arte contemporânea. Possui textos publicados sobre arte brasileira em periódicos e catálogos nacionais e internacionais. Curador das exposições “Faustus”, de José Rufino (Palácio da Aclamação, Salvador, 2009); “E agora toda terra é barro”, de Brígida Baltar (CCBNB, Cariri e Fortaleza, 2008/2009); “Sertão contemporâneo” (Caixa Cultural Rio de Janeiro e Salvador, 2008/2009).

Sobre o artista Diego:

Diego de Santos é formado em Artes Plásticas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Teve seu trabalho reconhecido em diversas mostras nacionais, como o 8º Salão do SESC Amapá, 9º Salão Nacional de Jataí e Salão de Artes do Mato Grosso do Sul. Participou das feiras de arte ARTRIO, SPARTE e ARTIGO, representado nas duas primeiras pela Galeria Amparo 60, de Recife, e na última, pela Orlando Lemos Galeria, de Belo Horizonte. Dentre suas exposições individuais se destacam: “Um Mundo Aqui Dentro” (Galeria Amparo 60, Recife/2011); “Arranha-Verso” (Centro Cultural Banco do Nordeste, Fortaleza/2009) e “Não Adianta Esfregar os Olhos” (Projeto Sala Experimental, MAC, Fortaleza/2008).

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